Setembro é um mês emblemático no calendário da saúde mental, além disso, conhecido mundialmente como o Setembro Amarelo, sendo uma campanha dedicada à prevenção ao suicídio e à promoção da vida. Assim, em tempos em que a saúde mental é uma preocupação crescente, a relevância desta campanha se torna cada vez mais evidente. De fato, o suicídio é uma das principais causas de morte no mundo, superando inclusive muitas doenças, portanto, é preciso que a sociedade, como um todo, esteja atenta e preparada para agir.
O Significado do Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é mais do que apenas um mês de conscientização; na verdade, é um movimento global que não só busca trazer à tona um tema frequentemente cercado de tabu, mas também visa promover a prevenção do suicídio. Desde 2003, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, várias campanhas têm se intensificado, assim sendo, para que o tema seja discutido abertamente.
A escolha do amarelo como símbolo da campanha foi inspirada no triste caso de um jovem americano chamado Mike Emme. Em 1994, Mike, que tinha apenas 17 anos, tirou a própria vida. Ele era conhecido por seu carro Mustang amarelo, o qual, neste contexto, se tornou um símbolo significativo de conscientização. Pois, seus amigos e familiares iniciaram a campanha “Yellow Ribbon” (Fita Amarela) em sua memória. Desde então, é importante ressaltar que o amarelo passou a representar a esperança e, além disso, a necessidade de um diálogo aberto sobre a prevenção do suicídio.
A Urgência da Conscientização: Estatísticas que Alertam
Segundo a OMS, mais de 700 mil pessoas cometem suicídio anualmente, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. Além disso, esses números alarmantes reforçam a importância de abordar o suicídio como um problema de saúde pública que necessita de atenção e intervenção imediata. Portanto, o Brasil não está isento deste cenário, já que as taxas de suicídio vêm preocupando autoridades e profissionais da saúde.
Consequentemente, ações coordenadas entre governos, instituições de saúde, organizações não-governamentais e a sociedade civil são essenciais para reverter esse quadro. De fato, campanhas como o Setembro Amarelo são fundamentais para quebrar o silêncio e o estigma que ainda cercam o tema.
Fatores de Risco Associados ao Suicídio
O suicídio é uma questão complexa e multifacetada; consequentemente, é influenciado por uma variedade de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Portanto, entender esses fatores torna-se crucial para a prevenção e intervenção eficazes. Além disso, dentre os principais fatores de risco, destacam-se:
- Transtornos Mentais: Depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros.
- Histórico de Tentativas de Suicídio: A história prévia de tentativas é um dos maiores preditores de risco.
- Condições Médicas Crônicas: Doenças debilitantes ou dolorosas podem aumentar o risco.
- Eventos Traumáticos: Abusos físicos, sexuais ou emocionais, bem como lutos não resolvidos.
- Instabilidade Social: Perda de emprego, crise financeira, ou falta de suporte social.
- Discriminação e Preconceito: Bullying, racismo, homofobia e outros tipos de discriminação.
Esses são apenas alguns dos fatores que, além disso, podem contribuir para o desenvolvimento de pensamentos suicidas. Por outro lado, a individualidade de cada pessoa significa que os sinais e gatilhos podem variar. Portanto, torna-se essencial a observação atenta e a intervenção precoce, uma vez que isso pode fazer uma diferença significativa na vida da pessoa.
Identificação de Sinais de Alerta
Reconhecer os sinais de alerta pode salvar vidas. Algumas mudanças de comportamento podem indicar que alguém está passando por uma crise suicida, como:
- Isolamento Social: Afastamento de amigos, familiares e atividades que antes eram prazerosas.
- Alterações de Humor: Mudanças abruptas de humor, especialmente de tristeza profunda para uma calma repentina, podem ser um sinal de que a pessoa tomou uma decisão sobre o suicídio.
- Fala sobre Morte: Comentários como “eu preferia estar morto” ou “não vejo saída” não devem ser ignorados.
- Desesperança: Sentimento de falta de perspectiva, acreditar que nada pode melhorar.
- Planejamento: Compra de meios para cometer suicídio, como medicamentos ou armas, é um indicativo claro de perigo.
Prevenção ao Suicídio: Como Podemos Ajudar?
A prevenção ao suicídio começa com a empatia e o apoio. Ouvir sem julgar, oferecer um ombro amigo, e não minimizar o sofrimento do outro são passos essenciais. Quando identificamos alguém em risco, é crucial:
- Conversar abertamente sobre o assunto: Perguntar diretamente se a pessoa está pensando em suicídio pode ser difícil, mas necessário. É importante mostrar que você está disposto a ajudar.
- Encaminhar para Ajuda Profissional: Psicólogos e psiquiatras são os profissionais capacitados para tratar questões de saúde mental. Acompanhamento especializado pode fazer a diferença.
- Oferecer Suporte Contínuo: A presença constante de uma rede de apoio — amigos, família, colegas de trabalho — é vital para quem está passando por uma crise.
Rede de Apoio: A Importância de Não Estar Sozinho
A solidão é um dos maiores inimigos de quem enfrenta uma crise suicida. Por isso, construir e fortalecer uma rede de apoio é fundamental. Amigos, familiares, colegas de trabalho e profissionais de saúde podem formar essa rede, oferecendo suporte emocional e prático. Essa rede é crucial para que o indivíduo não se sinta abandonado ou desamparado.
A corresponsabilidade de toda a sociedade em lidar com o suicídio é inegável. Muitas vezes, a prevenção passa por pequenas ações diárias de acolhimento, compreensão e amor ao próximo.
Onde Buscar Ajuda?
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma das principais organizações dedicadas à prevenção do suicídio. O CVV oferece atendimento gratuito e confidencial por telefone (188), e-mail e chat, disponível 24 horas por dia. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS) também oferecem suporte psicológico e psiquiátrico.
Conclusão
O Setembro Amarelo, de fato, é uma oportunidade crucial para promover, portanto, o diálogo sobre a saúde mental e a prevenção ao suicídio. Assim, cada vida perdida representa uma tragédia que, inevitavelmente, poderia ter sido evitada com a devida atenção, cuidado e apoio. Como sociedade, devemos, assim, nos comprometer a criar um ambiente onde, além disso, as pessoas se sintam seguras para expressar seus sentimentos e buscar ajuda sem medo de julgamentos. Em suma, a prevenção ao suicídio é uma responsabilidade de todos nós; assim, o compromisso com a vida deve ser contínuo, para além das campanhas de um mês. Juntos, portanto, podemos fazer a diferença e salvar vidas.
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