Terapia Humanista: Uma Compreensão Profunda do Ser Humano

A Terapia Humanista, desde a sua gênese, se estabeleceu como uma abordagem revolucionária dentro do campo da psicologia, desafiando as teorias predominantes da Psicanálise e do Behaviorismo.
A Terapia Humanista adota uma perspectiva diferente. De fato, ela coloca o indivíduo no centro de sua própria experiência. Por fim, acredita-se que cada pessoa é capaz de direcionar seu próprio desenvolvimento.

A Terapia Humanista, desde o seu início, posicionou-se como uma abordagem revolucionária no domínio da psicologia. Desafiando as teorias dominantes da Psicanálise e do Behaviorismo, este movimento trouxe uma nova luz ao estudo do comportamento humano. Liderado por figuras emblemáticas como Abraham Maslow e Carl Rogers, o movimento colocou um forte foco no potencial inato de cada pessoa para o crescimento e a autorrealização. Em vez de se concentrar em diagnósticos e sintomas, a Terapia Humanista enfatiza a experiência subjetiva do indivíduo, promovendo uma visão mais holística e positiva da natureza humana. Portanto, esta abordagem revolucionária tem sido fundamental para moldar a maneira como entendemos e tratamos a saúde mental hoje.

Origem e Fundamentos da Terapia Humanista

Emergindo na década de 1950, a Terapia Humanista foi impulsionada pela necessidade de uma abordagem que reconhecesse a singularidade e a integridade do ser humano. Abraham Maslow, um dos principais fundadores deste movimento, defendeu ativamente que o ser humano tem uma natureza essencialmente saudável. Além disso, ele acreditava que todos nós temos um desejo inerente de realizar nosso potencial máximo. Em contraste com as abordagens psicanalíticas, que colocam uma forte ênfase no inconsciente e nos conflitos internos, e o Behaviorismo, que se concentra estritamente em comportamentos observáveis e suas modificações, a Terapia Humanista adota uma perspectiva diferente. De fato, ela coloca o indivíduo no centro de sua própria experiência. Por fim, acredita-se que cada pessoa é capaz de direcionar seu próprio desenvolvimento.

A Hierarquia das Necessidades de Maslow

A Hierarquia das Necessidades, uma das contribuições mais renomadas de Maslow, estrutura as necessidades humanas em formato de pirâmide. Começando pelas necessidades mais fundamentais, como alimentação e segurança, e progredindo até a autorrealização. Segundo Maslow, à medida que as necessidades mais elementares são atendidas, o indivíduo começa a buscar necessidades de nível superior. Finalmente, isso culmina na realização pessoal e no pleno desenvolvimento de suas habilidades. Portanto, é um processo contínuo e ascendente de satisfação das necessidades, levando ao crescimento e desenvolvimento pessoal.

Uma das contribuições mais conhecidas de Maslow é a Hierarquia das Necessidades, que organiza as necessidades humanas em uma pirâmide, partindo das mais básicas, como a alimentação e a segurança, até alcançar a autorrealização.

As Cinco Etapas da Pirâmide de Maslow

  1. Necessidades Fisiológicas: São as necessidades básicas para a sobrevivência do organismo, como alimentação, água, sono e respiração.
  2. Necessidades de Segurança: Incluem a segurança física, estabilidade financeira, proteção contra doenças e riscos ambientais.
  3. Necessidades Sociais: Relacionam-se ao desejo de afeto, amizade, pertencimento e aceitação dentro de grupos sociais.
  4. Necessidade de Estima: Envolve o reconhecimento social, autoestima, respeito próprio e pelos outros.
  5. Autorrealização: É o nível mais alto da pirâmide, onde o indivíduo busca o autoconhecimento, a realização do seu potencial máximo e a autossuficiência.

Carl Rogers e a Terapia Centrada na Pessoa

Carl Rogers, um dos principais expoentes da Terapia Humanista, criou a Terapia Centrada na Pessoa. Este modelo terapêutico, de forma inovadora, coloca o cliente como protagonista de seu próprio processo de cura e desenvolvimento. Rogers defendia firmemente que, para um indivíduo se desenvolver de maneira plena, é essencial que ele esteja em um ambiente que proporcione autenticidade, aceitação sem reservas e empatia. Ele acreditava que, nesse contexto, o indivíduo poderia florescer e alcançar seu potencial máximo. Portanto, a Terapia Centrada na Pessoa, ao colocar o cliente no comando, promove um ambiente propício para o crescimento e desenvolvimento pessoal. Esses elementos são essenciais para que o indivíduo se sinta seguro para explorar seu “eu” interior e perseguir a autorrealização.

A Pessoa Totalmente Funcional

Rogers, de maneira inovadora, apresentou o conceito de “Pessoa Totalmente Funcional”, um ideal de personalidade. Em primeiro lugar, uma pessoa totalmente funcional vive de forma autêntica. Além disso, ela está aberta às suas experiências. Da mesma forma, confia em seus sentimentos e julgamentos. Este indivíduo, por sua vez, é criativo e vive o presente. Ademais, assume responsabilidade por suas escolhas. Como resultado, ele é capaz de experimentar uma vida rica e satisfatória. Portanto, a ideia de Rogers sobre a “Pessoa Totalmente Funcional” descreve um indivíduo que vive de maneira autêntica, aberta e responsável.

Carl Rogers, outro pilar da Psicologia Humanista, desenvolveu a Terapia Centrada na Pessoa, um modelo terapêutico que coloca o cliente no comando de seu próprio processo de cura e desenvolvimento.

As Características de Uma Pessoa Totalmente Funcional

  1. Abertura à Experiência: Capacidade de aceitar e processar todas as emoções e experiências, sejam elas positivas ou negativas.
  2. Vida Existencial: Viver de forma plena e consciente, com foco no momento presente, sem desconsiderar passado ou futuro.
  3. Confiança nos Sentimentos: Autoestima elevada, confiança nos próprios instintos e nas decisões tomadas.
  4. Criatividade: Inovação e capacidade de se adaptar a novas situações e superar desafios com soluções criativas.
  5. Liberdade Experiencial: Busca contínua por novas experiências que tragam satisfação e realização pessoal.

Desenvolvimento da Personalidade e Autoconceito

No paradigma humanista, a evolução da personalidade é intrinsecamente conectada ao autoconceito, que representa a autopercepção do indivíduo. Além disso, o autoconceito é formado por três componentes fundamentais. Primeiramente, temos a autoestima, que se refere à avaliação que o indivíduo faz de si mesmo. Em seguida, temos a autoimagem, que é a representação mental que o indivíduo possui de si. Por fim, temos o “eu ideal”, que é a versão de si mesmo que o indivíduo aspira ser. Portanto, esses três elementos trabalham juntos para moldar a personalidade de um indivíduo.
A congruência entre a autoimagem e o “eu ideal” é essencial para que o indivíduo atinja um estado de equilíbrio emocional e, consequentemente, a autorrealização.

A Importância da Congruência

A congruência é definida como a harmonia entre a autoimagem de uma pessoa e seu “eu ideal”. Quando existe uma diferença significativa entre esses dois aspectos, a pessoa pode enfrentar ansiedade, angústia e outros problemas emocionais. Portanto, o objetivo principal da terapia humanista é auxiliar o cliente a atingir uma maior congruência. Isso é feito através do estímulo ao autoconhecimento e à aceitação de si mesmo. Assim, a terapia humanista busca, de maneira ativa, promover um equilíbrio interno no indivíduo, reduzindo a disparidade entre a autoimagem e o “eu ideal”.

Considerações Finais

A Terapia Humanista, que é uma abordagem rica e otimista, proporciona uma compreensão profunda do ser humano. Além disso, ela enfatiza a capacidade inerente dos indivíduos para o crescimento pessoal, a autorrealização e a busca por uma vida com significado. Por conseguinte, o legado deixado por Maslow e Rogers ainda exerce uma influência significativa na psicoterapia moderna. Ademais, eles oferecem ferramentas e conceitos valiosos que auxiliam no desenvolvimento pessoal e profissional. Portanto, a Terapia Humanista é uma abordagem essencial na psicoterapia contemporânea.

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Referências

  1. Maslow, A. H. (1943). A theory of human motivation. Psychological Review, 50(4), 370–396.
  2. Rogers, C. R. (1951). Client-centered therapy: Its current practice, implications, and theory. London: Constable.
  3. Rogers, C. R. (1961). On becoming a person: A therapist’s view of psychotherapy. London: Constable.
  4. Maslow, A. H. (1954). Motivation and personality. New York: Harper and Row.
  5. Rogers, C. R. (1959). A theory of therapy, personality and interpersonal relationships as developed in the client-centered framework. In (ed.)
  6. S. Koch, Psychology: A study of a science. Vol. 3: Formulations of the person and the social context. New York: McGraw Hill.

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