Transtornos Adictivos – Tipos, Mitos, Origem e Tratamentos

Transtornos Adictivos. Em nossa sociedade acelerada, onde a busca por prazer imediato e alívio para as pressões do dia a dia se torna, além disso, cada vez mais presente, os transtornos aditivos se apresentam como um desafio crescente. Caracterizados pela compulsão e, por conseguinte, pela perda de controle sobre o uso de substâncias ou comportamentos, esses transtornos, portanto, afetam milhões de pessoas ao redor do mundo. Consequentemente, deixando um rastro de consequências devastadoras em suas vidas e, indiretamente, nas de seus familiares.

Neste artigo, vamos mergulhar fundo no universo dos transtornos adictivos, explorando seus diferentes tipos, desvendando mitos e crenças populares, investigando suas origens complexas e, finalmente, apresentando as diversas opções de tratamento disponíveis para aqueles que buscam se libertar das correntes do vício.

Transtornos Adictivos: Tipos

É imprescindível compreender que a adicção vai muito além do uso de drogas ilícitas. Por exemplo, “Transtornos adictivos: Tipos, mitos, origem e tratamentos” não apenas abrange uma gama variada de comportamentos e substâncias, mas também apresenta cada um com suas particularidades e desafios. Alguns dos tipos mais comuns incluem:

• Dependência de substâncias: Essa categoria, por exemplo, abrange o abuso de drogas como álcool, cocaína, heroína, maconha e medicamentos prescritos, como opioides e benzodiazepínicos. Além disso, o uso crônico dessas substâncias leva a alterações cerebrais que, consequentemente, perpetuam o ciclo do vício, tornando, portanto, cada vez mais difícil para o indivíduo parar por conta própria.
• Adicção comportamental: Aqui, o foco da compulsão se volta para comportamentos específicos, como jogos de azar, compras compulsivas, uso excessivo da internet e redes sociais, vício em sexo e dependência de videogames. Embora não envolvam substâncias químicas, esses comportamentos ativam os mesmos circuitos de recompensa no cérebro que as drogas, levando à mesma perda de controle e impacto negativo na vida do indivíduo.

Mitos e Crenças Populares

Os transtornos adictivos são frequentemente cercados por mitos e estigmas que impedem a busca por ajuda e perpetuam o problema. É hora de desmistificar algumas dessas crenças:

• Mito: “Vício é falta de força de vontade.” Realidade: Na verdade, a adicção é uma doença crônica do cérebro, e não uma falha moral. Assim sendo, assim como um diabético precisa de tratamento para controlar seus níveis de açúcar no sangue, uma pessoa com transtorno adictivo, por sua vez, necessita de ajuda profissional para lidar com a doença.
• Mito: “Só quem usa drogas pesadas é viciado.” Realidade: De fato, como vimos, a adicção pode se manifestar em relação a diversas substâncias e comportamentos. Por exemplo, o vício em álcool, por sua vez, é um problema grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
• Mito: “Uma vez viciado, sempre viciado.” Realidade: Contudo, a recuperação é possível! Com o tratamento adequado e apoio contínuo, indivíduos com transtornos adictivos podem, de fato, superar a dependência e construir uma vida plena e saudável.

Origem dos Transtornos Adictivos: Uma Teia Complexa

As causas dos transtornos adictivos são, de fato, multifatoriais, o que significa que envolvem uma combinação de elementos genéticos, ambientais e psicológicos. Além disso, é importante considerar os fatores que podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da adicção. Neste contexto, vejamos alguns dos aspectos relevantes que devem ser observados para entender melhor essa questão complexa:

• Fatores genéticos: Em primeiro lugar, estudos indicam que a predisposição genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento de transtornos adictivos. Por exemplo, indivíduos com histórico familiar de alcoolismo ou dependência de drogas têm maior probabilidade de desenvolverem esses problemas. Assim, a hereditariedade pode ser um fator determinante nas adições.
• Fatores ambientais: Além disso, o ambiente em que uma pessoa vive exerce uma grande influência. De fato, a exposição precoce ao uso de substâncias, a pressão dos pares, experiências traumáticas, abuso, negligência e dificuldades socioeconômicas aumentam o risco de adicção. Portanto, fatores externos também contribuem consideravelmente para o desenvolvimento de comportamentos adictivos.
• Fatores psicológicos: Por outro lado, condições psicológicas como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) podem tornar as pessoas mais vulneráveis ao abuso de substâncias. Dessa forma, esses transtornos muitas vezes levam os indivíduos a recorrerem a comportamentos aditivos como uma maneira de lidar com suas emoções.

Transtornos Adictivos: Tratamentos – Um Caminho para a Liberdade

A boa notícia é que, além de existirem diversos tratamentos eficazes para transtornos adictivos, a escolha do tratamento ideal também depende do tipo de adicção, da gravidade do problema e, é claro, das necessidades individuais de cada pessoa. Assim sendo, algumas das opções disponíveis incluem:

• Terapia individual: A psicoterapia, por sua vez, ajuda o indivíduo a identificar os gatilhos que levam ao comportamento adictivo. Além disso, ela contribui para o desenvolvimento de mecanismos de enfrentamento saudáveis, permitindo que a pessoa construa uma vida mais equilibrada e satisfatória.
• Terapia em grupo: De modo similar, participar de grupos de apoio, como os Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA), oferece a oportunidade de compartilhar experiências. Dessa forma, as pessoas recebem apoio de outros que enfrentam desafios semelhantes, o que ajuda a reduzir a sensação de solidão na jornada de recuperação.
• Tratamento medicamentoso: Em certas situações, medicamentos podem ser utilizados para auxiliar no controle dos sintomas de abstinência. Além disso, esses medicamentos podem ajudar a reduzir a fissura e tratar condições de saúde mental coexistentes, como depressão e ansiedade.
• Internação: Para casos mais graves, a internação em clínicas especializadas se torna necessária, pois garante a segurança do paciente. Nesse contexto, é possível fornecer acompanhamento médico intensivo e iniciar o processo de recuperação em um ambiente estruturado e livre de gatilhos.

Perguntas Frequentes sobre Transtornos Adictivos

1. Como saber se alguém precisa de ajuda para um transtorno adictivo?

Alguns sinais de alerta incluem: mudanças de comportamento, negligência com responsabilidades, problemas de relacionamento, isolamento social, problemas financeiros, e deterioração da saúde física e mental.

2. A adicção é uma doença para a vida toda?

Sim, os transtornos adictivos são considerados doenças crônicas. No entanto, com tratamento e acompanhamento adequados, é possível controlar a doença e viver uma vida plena e produtiva.

3. Qualquer pessoa pode desenvolver um transtorno adictivo?

Sim, a adicção pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero, classe social ou nível de educação.

4. Onde encontrar ajuda para transtornos adictivos?

Existem diversos recursos disponíveis, como centros de tratamento especializados, grupos de apoio, psicólogos, psiquiatras e hospitais. O primeiro passo é buscar ajuda de um profissional de saúde.

Conclusão

Os transtornos adictivos representam um desafio complexo e multifacetado, mas a recuperação é possível. Ao desmistificarmos as crenças populares, compreendermos as origens da adicção e explorarmos as diversas opções de tratamento disponíveis, abrimos caminho para a quebra do ciclo do vício e construção de um futuro mais saudável e promissor.

Lembre-se, buscar ajuda é um sinal de força, não de fraqueza. Se você ou alguém que você conhece está lutando contra um transtorno adictivo, não hesite em procurar ajuda profissional. A jornada de recuperação pode ser desafiadora, mas a liberdade e a qualidade de vida que aguardam do outro lado valem cada passo dado.

Referências Bibliográficas

1. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
2. LARANJEIRA, Ronaldo; PINSKY, Ilana; ZALESKI, Moises. Dependência química. Porto Alegre: Artmed, 2004.
3. SCHUCKIT, Marc Alan. Tratado de transtornos relacionados ao uso de substâncias. Porto Alegre: Artmed, 2017.
4. MARLATT, G. Alan; GORDON, Judith R. Prevenção da recaída: estratégias de manutenção no tratamento de comportamentos aditivos. Porto Alegre: Artmed, 1993.
5. Instituto de Psiquiatria do Paraná – Terapia Cognitivo-Comportamental para Transtornos Aditivos: como tratar vícios?

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